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© Gaert Vandepoele

// publico.pt – Ípsilon

Luis Vicente – Conversas exigentes através do trompete

Autor: Gonçalo Frota

Quando o Ípsilon integrou Luís Vicente, em 2016, numa selecção de músicos portugueses de jazz (e música improvisada) em claro momento ascensional, nem as perspectivas mais optimistas de futuro colo- cariam, ainda assim, o trompetista a partilhar um palco com Hamid Drake e William Parker passados apenas três anos. Drake e Parker são duas daquelas figuras a quem se aplica, sem remorsos, o demasiado gasto carimbo “lendas vivas do jazz”. Drake tocou com gente do estatuto de Don Cherry, Pharoah Sanders, Herbie Hancock, Archie Shepp ou Wayne Shorter, Parker já foi o amparo musical de Cecil Taylor, Charles Gayle, Gerald Cleaver, Joe McPhee, Roscoe Mitchell, David S. Ware ou Matthew Shipp. Juntos foram a secção rítmica de Fred Anderson, Peter Brötzmann, Fröde Gjerstad ou do Akuden Quartet, entre tantos outros. São os “Sly and Robbie do jazz”, compara o trompetista português, crente de que os dois serão “a melhor secção rítmica actual”.

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// jazzarium.pl

Luis Vicente – Listening and focus

Autor: Andrzej Nowak

Today, on May 5, the “Luis Vicente Residence in Poland” begins. This is a special kind of traveling festival of improvised music, organized by the Spontaneous Music Tribune (detailed information was already published on these pages).

Five days, four cities, nine musicians from Poland and abroad, and a leading Portuguese trumpet player. During the tour, there will be the world premiere of the album “Live at Ljubljana”, which Vicente recorded together with the Belgian pianist Seppe Gebruers and Dutch drummer Onno Govaert. The publisher of the album is the publishing series Multikulti Project and Spontaneous Music Tribune.

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© Gaert Vandepoele

© Gaert Vandepoele

// citizenjazz.com

​LUÍS VICENTE

Rencontre avec ​le trompettiste portugais Luís Vicente.

par Julien Aunos // Publié le 28 octobre 2018

Luís Vicente fait partie aujourd’hui des musiciens qui comptent sur la scène improvisée européenne. Il trimballe sa trompette aux quatre coins de l’Europe, à l’affût, toujours dans les bons coups, participant à de nombreux groupes et projets tous plus enthousiasmants les uns que les autres (Fail Better !, Deux Maisons, Frame Trio, Clocks and Clouds, Kabas).

– Pouvez-vous nous présenter votre parcours ? Comment avez-vous commencé la musique ? La trompette était-elle votre premier instrument ?

J’ai grandi à la campagne, non loin de la mer, dans un petit village situé à soixante kilomètres au nord de Lisbonne (Atalaia), un pays de fermiers et de pêcheurs, un endroit idéal pour grandir entouré de la nature et de l’océan où les enfants pouvaient jouer dehors librement.

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// publico.pt

O caminho para a liberdade de Luís Vicente in Cinco perfis de jazz…

Gonçalo Frota 8 de Abril de 2016

Tal como muitos outros músicos portugueses dedicados a instrumentos de sopro, Luís Vicente começou o seu trajecto na banda filarmónica da terra (perto da Lourinhã), ainda miúdo, empurrado para a trompete por muito que a sua vontade fosse aprender clarinete. “Foi muito duro fisicamente”, recorda, “estava a tocar e às vezes tinha quebras”, uma vez a sua gestão do ar soprado e inspirado estava longe de aperfeiçoada. Aguentou até à adolescência, depois a música começou a perder para o futebol, o surf e as saídas à noite – não era fácil “sair no sábado e acordar no domingo para fazer um peditório pelas aldeias de manhã e uma procissão à tarde”.

Só bastante depois, convencido por uns amigos com uma banda punk, voltou a pegar na trompete e a experimentar tocar, acompanhando esse grupo na transformação do seu gosto e na passagem de alguns elementos para a escola do Hot Clube de Portugal. “Eles começaram a ter um maior conhecimento musical e eu senti que estava a ficar um pouco para trás”, recorda.

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© Ana Sofia Esteves

© Nuno Martins / jazz.pt

// jazz.pt

Figura (já) incontornável

texto Nuno Catarino fotografia Nuno Martins

É um dos mais activos e dinâmicos músicos da actualidade nas áreas d0 jazz e da música livremente improvisada, podendo também ser encontrado em contextos próximos da chamada world music. Num país com poucos trompetistas, Luís Vicente parece já ter assegurado o seu lugar e está visivelmente a crescer – o seu primeiro disco à frente de um grupo próprio, “Outeiro”, veio confirmá-lo. Como líder, “sideman” ou organizador de concertos, é uma figura que se tornou incontornável…

Como começaste a tocar trompete?

Numa filarmónica, de forma autodidacta. Não havendo professor do instrumento, foi a única opção que me restou. Basicamente meteram-me o trompete nas mãos e tive de me virar. O meu pai foi quem me incentivou e a filarmónica funcionou como ocupação dos tempos livres.

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